ATA DA QUADRAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 25-11-2003.

 


Aos vinte e cinco dias do mês de novembro de dois mil e três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e doze minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear o Dia da Polícia Civil, nos termos do Requerimento n° 036/03 (Processo n° 0913/03), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a MESA: o Vereador João Antonio Dib, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Delegado Paulo Cezar Jardim, representante do Governo do Estado do Rio Grande do Sul; o Senhor Marcos Centeno, representante do Senhor Procurador-Geral de Justiça; o Delegado José Antônio Leão de Medeiros, Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul – ASDEP - RS; o Major de Engenharia João Chrisostomo Moura, representante do Comando Militar do Sul; o Primeiro-Tenente Wendell Silva Almeida, representante do 5° Comando Aéreo Regional - COMAR; o Vereador Pedro Américo Leal, na ocasião, Secretário “ad hoc”. Também, foi registrada a presença do ex-Vereador Cleom Guatimozim. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Pedro Américo Leal, em nome das Bancadas do PP, PT e PMDB, destacou a importância desta data para a Polícia Civil e salientou o trabalho realizado pela Congregação da Escola de Polícia. Ainda, comentou a possibilidade de fusão da Brigada Militar e Polícia Civil, criticando essa idéia e salientando aspectos distintos entre as corporações. O Vereador Elói Guimarães, em nome da Bancada do PTB, afirmou ser a Polícia Civil um importante fator para a manutenção da segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul e saudou o Vereador Pedro Américo Leal pela iniciativa de realização da presente homenagem, alusiva ao transcurso do Dia da Polícia Civil. O Vereador Luiz Braz, em nome da Bancada do PSDB, apontou a Polícia Civil como categoria injustiçada na sociedade, lembrando denúncias feitas contra esta corporação, acerca da possibilidade de existência de servidores corruptos. Ainda, mencionou palestra proferida pela Deputada Federal Denise Frossard, a respeito da criminalidade urbana. O Vereador Carlos Alberto Garcia, em nome das Bancadas do PSB e PCdoB, parabenizou o Vereador Pedro Américo Leal pela iniciativa da presente homenagem, relatando sua ligação pessoal com a Polícia Civil. Também, enalteceu o trabalho que a Polícia Civil desempenha, apesar do número insuficiente de servidores. O Vereador Isaac Ainhorn, em nome da Bancada do PDT, referiu-se ao Vereador Pedro Américo Leal, realçando o tempo em que Sua Excelência foi Chefe de Polícia. Também, lamentou a baixa remuneração percebida pelos policiais civis, solidarizando-se com reivindicações apresentadas pela categoria, de aumento de salário e melhores condições de trabalho. O Vereador Sebastião Melo, em nome da Bancada do PMDB, chamou a atenção para a relevância do papel desempenhado pela Polícia Civil para a sociedade gaúcha, citando dificuldades estruturais enfrentadas por essa categoria profissional. Ainda, afirmou que a Polícia Civil é motivo de orgulho para o Rio Grande do Sul. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Delegado Paulo Cezar Jardim, que destacou a importância da homenagem hoje prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre ao transcurso do Dia da Polícia Civil. A seguir, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e quarenta e três minutos, convidando a todos para a Sessão Solene a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador João Antonio Dib e secretariados pelo Vereador Pedro Américo Leal, como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Pedro Américo Leal, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Senhoras e senhores, boa-tarde. Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene destinada a homenagear o Dia da Polícia Civil. Compõem a Mesa o ilustre Delegado Paulo Cezar Jardim, representando o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e também a Polícia Civil; o Dr. Marcos Centeno, representante do Procurador-Geral de Justiça; Delegado Leão de Medeiros, representante da Associação dos Delegados da Polícia Civil; o Major de Engenharia João Chrisostomo Moura, representante do Comando Militar do Sul; o Primeiro-Tenente Wendell Silva Almeida, representante do 5.º COMAR, e o nosso proponente Ver. Pedro Américo Leal. Registro também a presença do ex-Presidente desta Casa, Comissário de Polícia, Ver. Cleom Guatimozim; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores e demais autoridades presentes, senhores da imprensa, senhoras e senhores.

Convidamos a todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Ouve-se o Hino Nacional.)

 

Hoje à tarde, num comentário que eu fazia na Rádio Guaíba, eu dizia que a Polícia se constitui num grupo de heróis e que eu gostaria de que aqueles que têm a sua segurança e a segurança dos seus lares cuidadas pelos policiais pudessem olhar o contracheque de cada um deles. Disse também que, se nós imaginássemos as armas que são fornecidas aos policiais e as munições correspondentes, nós diríamos que, realmente, eles são heróis, mas não são deuses. Mas quem vai falar e dizer do carinho desta Casa pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul é o Ver. Pedro Américo Leal, que é o proponente desta homenagem.

O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Exmo. Sr. representante do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Delegado Paulo Cezar Jardim; Exmo. Sr. representante do Procurador-Geral de Justiça, Dr. Marcos Centeno; Sr. Presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil, Delegado Leão de Medeiros; Exmo. Sr. representante do Comando Militar do Sul, Major de Engenharia João Chrisostomo Moura; Exmo. Sr. representante do 5.º COMAR, Primeiro-Tenente Wendell Silva Almeida; senhores e senhoras, demais autoridades presentes, senhores da imprensa.

Antes de iniciar o que escrevi, quero dizer a todos que a Câmara tem algo de surpreendente, pelo menos para mim: cinco homens da polícia já ocuparam a Presidência desta Casa, está ali o meu amigo e querido companheiro João Antonio Dib, pois falo em meu nome, em nome do PP e dos Partidos que me possibilitaram usar da palavra. Esses cinco homens são policiais civis, sendo que três ocuparam a presidência da Casa. Interessante - não é, Jardim? Não sabia! O Cleom Guatimozim veio sem gravata, por isso não ocupou a Mesa; o conhecido Paulo Sant’Ana, que não está aqui no momento; o Landell de Moura, que foi Presidente da Casa; o Célio Marques Fernandes, que foi Prefeito, como o nosso Presidente; e o Renato de Souza, que foi o homem com quem eu me encontrei ao chegar à Polícia, em 1957.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): E o Aldo Sirângelo.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: O Aldo Sirângelo também? Então são seis.

 

O SR. ISAAC AINHORN: O Leão de Medeiros foi Secretário.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Os policiais estão aumentando, já são sete. Sete é um número cabalístico perigosíssimo.

Hoje, estamos fazendo esta homenagem. Eu falo em nome da minha Bancada, do ilustre Presidente da Casa, Ver. João Antonio Dib, do Beto Moesch, do Nedel.

Hoje, é um dia importante, há poucos dias, eu saudava a Brigada Militar, estou muito ligado a essas duas corporações. Sem planejamento, aconteceu, são coisas de determinações espirituais, quiseram que fosse assim e foi assim; e eu, em vez de ir para o Estado Maior - como foi o Siqueira -, eu não fui, fiquei por aqui e me embrenhei por este mundo policial. E fazemos hoje uma homenagem à Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Eu não conheci o Dr. Plínio Brasil Milano, poucos delegados não conheci. Pois quando cheguei a Porto Alegre, vindo de Fortaleza, da Escola Preparatória de Fortaleza, em maio de 1944, falecia, em outubro do ano em que cheguei, em maio ou em abril, o nosso patrono, na cidade de Montevidéu, onde buscava tratamento médico, fora do nosso Estado - hoje considerado um pólo de Medicina em todo o Brasil. Ele não devia, se fosse nas épocas de hoje, ter buscado em Montevidéu, qualquer cura; pois aqui teria encontrado, hoje em dia o Rio Grande do Sul é um pólo de Medicina.

Depois de cumprir trajetória de vida, na nossa Polícia, uma tarde, lá na Assembléia Legislativa do Estado, o Deputado Adylson Motta chamou-me. Desejava propor o nome do delegado para patrono da Polícia Civil. Vivíamos lá por novembro de 1983, eu era Deputado com ele. Lembro-me de que o Deputado Adylson Motta, hoje Ministro do Tribunal de Contas, criterioso como sempre foi, consultou-me sobre a iniciativa que iria tomar. Prontamente concordei! Por que não? É que o Adylson sabia da minha dedicação à Polícia Civil e à Brigada Militar, daí a sua cuidadosa atenção para com o amigo. Nós éramos colegas de Bancada e de Partido, e Adylson um cavalheiro. Sempre foi um cavalheiro, destoava, de certa maneira, do conjunto; era um homem alinhado - quem o conheceu sabe.

Os 26 anos de professor na Escola de Polícia, no julgamento dele, mereciam precedência, até para ele conceder essa distinção. Então, consultou-me: “O que você acha?” Eu disse: “Mas é claro, por que não? Nem eu, nem você também, conhecemos este delegado, mas ele é tido na Polícia como um homem do bem”. Sugeri para a Polícia Civil um patrono. E hoje, ver a nossa Polícia Civil e a Brigada Militar com efetivos reduzidos pela metade, não posso esquecer... Numa evocação das jornadas feitas como professor, como Chefe de Polícia, principalmente na Direção da Escola de Polícia, a nossa Escola de Polícia do Rio Grande do Sul. É que a polícia se entranhou muito dentro das minhas vivências. Mudou-me de direção. Sabíamos da importância da Escola para o erguimento da Polícia Civil Estadual. Sem ela não haveria um Centro de Formações de Policiais, e a polícia descambaria para a improvisação, para nomeação desordenada, improvisada de políticos ou por políticos e figurões de toda espécie. Nós tínhamos de resistir!

E aí tenho de citar o trabalho da Congregação da Escola de Polícia, creio que os próprios delegados ouviram falar. O Delegado Paulo Cezar Jardim e o Delegado Leão de Medeiros estão me abanando que é verdade. A Congregação da Escola de Polícia teve fundamental importância para o erguimento da Polícia do Rio Grande do Sul. Não posso me deter em contar todas histórias que vivi nesses quase 40 anos, em contato com a Polícia e também com a Brigada.

Vivemos manhãs, tardes buscando um melhor adestramento da polícia, uma luta insana, porque nós não tínhamos em que nos apoiar, mas lutávamos por erguer essa polícia. Não era reerguer, era erguer a polícia! Mormente, nas geladas noites em que tínhamos de ministrar – Delamar Teixeira da Silva se lembra – instrução, quando a Escola, sem sede, por andanças políticas, foi retirada do edifício de Santa Luzia – lembra-te Del. Medeiros? – por política, a má-política, e foi para os escombros do presídio do Gasômetro. Não, não era o presídio do Gasômetro, eram os escombros do presídio do Gasômetro. Dávamos aulas naquela escola, sem luz. A luz era do Bairro. Sucederam-se idas semanais com os alunos visitando unidades do Exército, que nos auxiliou muito. Eu era oficial do Exército, era Capitão, Ajudante-de-Ordens do General, as coisas ficavam mais fáceis. Procuramos familiarizar policiais com militares, acho que o Medeiros e o Jardim devem ter tido muitas aulas no 18 RI; sobretudo, utilizando para a Educação Física os campos de treinamento da tropa.

Não posso me esquecer de uma figura caricata: o Del. Torely se equilibrando naquela passagem do pórtico de cinco metros, uma coisa horrível! Para o Torely, não para mim! Pelo exercício de sobrevivência, mas uma história rica e importante de contar às gerações que aí estão e não sabem o que aconteceu. Como se fez a história da polícia, como chegamos até aqui. Só os mais velhos sabem.

Decorreram-se anos difíceis os quais a polícia e a sua escola atravessaram os escombros da Casa de Correção do Gasômetro, trocados pelo Prefeito, Delegado Célio Marques Fernandes, e tendo como negociador o ilustre Presidente desta Casa o ilustre Ver. João Antonio Dib, jovem e destemido engenheiro, lampeiro que entrou no meu gabinete para fazer a troca. Eu era chefe de Polícia e Dib era funcionário da Prefeitura, assessor de engenheiro, nem engenheiro era.

Lá por 1967, quando, na Chefia de Polícia ou na Superintendência dos Serviços Policiais, recebiam os escombros do Presídio do Gasômetro, e trocamos esses escombros por aquele edifício que, frente à Escola de Polícia, foi ser a nova Escola de Polícia. Uma troca, até hoje, ajudada pelo Dib, mas que reputo de ilegal!

As coisas se sucederam com rapidez; erguemos o Instituto Médico Legal; criamos o Grupamento de Operações Especiais, que está por aí, esses homens de preto que estão por aí. O Grupo de Operações Especiais: o primeiro no mundo! Mr. Schimit, um americano que andava por aqui copiou, levou para os Estados Unidos e, dois anos depois, surgiu a SWAT. O nosso grupo é o primeiro no mundo! E, no Brasil, deu o ensejo a que outros Grupos de Operação Especial aparecessem. E hoje há até batalhões de operações especiais, mas o primeiro, no mundo, foi o nosso.

Criamos o Plantão Centralizado da Ipiranga, os plantões de Pronto Socorro, demos sede à Escola de Polícia – até então sem sede -, as CIRETRANs, a UGAPOCI, o primeiro Plano de Viaturas, e terminamos o edifício do Santa Luzia. Para quem não sabe, esse mesmo edifício que hoje ostenta o emblemático título ou nome de Palácio da Polícia, era o Hospital de Olhos Santa Luzia. Hoje, ao seu lado, por cedência da Aeronáutica, ocupamos o estacionamento ao lado do Palácio, com carros funcionais. Aquilo é da Aeronáutica. Aquele terreno é da Aeronáutica.

Até recomendo para os Delegados de Polícia que esse terreno deva ser trocado - tenho dito isso, já disse ao Senador Pedro Simon, quando Governador, não fez porque não quis - por 20 ou 30 hectares que temos, acho que temos até hoje, em Guajuvira, em Canoas. Interessa à Aeronáutica, que tem seu QG em Canoas, ela vai se interessar, e muito, pela troca. Damos o terreno que temos para fazer a pretendida Escola de Polícia e recebemos aquele terreno ao lado do Palácio da Polícia, onde depositam viaturas. Por que não fazemos isso? O Guajuvira foi comprado pelo ilustre Secretário de Segurança João Leivas Job. Importante é que com dois Projetos de Resolução, de nossa autoria, encaminhados e aprovados pela Mesa, oficializamos estes dias, e era nossa intenção, os dois patronos da Polícia Civil e da Brigada Militar. Por quê? Porque mostramos aos interessados e curiosos que não se pode juntar duas corporações de supetão, de repente, como se diz na gíria “à moda miguelão”, Polícia Civil e Brigada Militar. Mas de que cabeça saiu essa bobagem!? Misturar, de repente, não pode! É impossível, não vou dar exemplos.

São entidades importantes, com histórias diferentes, mas que têm a mesma finalidade: segurança da sociedade.

Este alerta sutil foi no passado importantíssimo para que as coisas não se precipitassem, em época que atravessamos no fragor de grandes e recentes turbulências política, por desencontros e entendimentos que não me cabem aqui trazer à baila, no emprego dessas duas organizações em que o amadorismo esta predominando. Eu sempre tenho alertado para isso: por que a Polícia e a Brigada Militar são fruto de amadorismo? Mas, quem não é policial, que se afaste. Deixem a Polícia e a Brigada Militar entregue a profissionais. Felizmente esses tempos se foram e, hoje, enfrentamos deficiências de vencimentos, de numerário, de viaturas, de armamento, de munições e até de efetivos.

Mas, a Polícia e a Brigada atravessam em sua alma, em seu espírito, em sua estrutura uma época, hoje em dia, de calma. Esperamos que o Governo Rigotto - que foi meu colega, eu com ele tenho todo desembaraço, é meu amigo - que encontre soluções. Tenho dito a ele sobre a deficiência de efetivo, mas ele não tem condições, não tem numerário, é difícil resolver o impasse! Não tem numerário, mas que venha em socorro dessa gente sofrida de Segurança Pública, que já está cansada de ser experimentada por amadores. Basta de amadores na Polícia e Brigada Militar! Entreguem a Segurança Pública a profissionais, porque a sociedade sofre com as experimentações de amadores. Amadores que não entendem a realidade! Até na República temos isso, o Ministro da Justiça, o Secretário de sei lá, de Segurança Nacional. O que é? Não é nada. Um é antropólogo, outro é advogado especialista em Direito Penal, e daí?

Bem, fiz um pronunciamento áspero e muito amargo durante a homenagem que prestei à Brigada Militar, e não quero repeti-lo. Não quero repetir! Eu acho que não causei boa impressão.

Para não me alongar muito, e não dizer coisas que não devem ser ditas, como o caso da Polícia Civil e da Brigada Militar serem entregues a amadores. Não é Leão Medeiros? Não sei porque o Medeiros está rindo!

Meus queridos amigos, vocês hoje são lembrados, são enaltecidos por nós, os 33 Vereadores. Vejam bem, neste Projeto de Resolução não encontrei quem discordasse de mim, nem o PT. Parece incrível, não é! Em pleno Governo de Olívio Dutra e Paulo Bisol! Daqui a pouco vai ter uma homenagem ao Paulo Bisol e eu vou estar presente, porque eu sou amigo dele. Mas não rezo pelo cargo dele em Segurança Pública. É outro caso!

E para não continuar a desabafar, meu querido amigo João Antonio Dib, me despeço e saio do ar. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Eu desejo também saudar os policiais que fazem a segurança desta Casa diuturnamente, e o fazem com muita eficiência e proficiência.

Além dos Vereadores que farão uso da palavra, quero registrar as presenças dos Vereadores Ervino Besson e Cassiá Carpes.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra e falará em nome do PTB.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Também quero saudar o Cel. Irani Siqueira, representante parlamentar do Comando Militar do Sul; a Delegada Áurea, e assim saúdo a todas as policiais presentes e não-presentes, espalhadas nas suas atividades pelo Rio Grande. Quero cumprimentar o João Cândido, delegado de Polícia aposentado, que coordena, aqui na Casa, a segurança, composta de policiais civis, mas também integram-se brigadianos; o Comissário de Polícia, ex-Presidente desta Casa por muitos anos, Cleom Guatimozim; demais autoridades e policiais aqui presentes, senhores e senhoras. Eu acho que nós estamos aqui vivenciando, celebrando um momento muito importante, porque estamos a homenagear um ramo da segurança do Estado da maior importância, que é a Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul.

Esta homenagem é vitalícia, permanente, porque o proponente, Ver. Pedro Américo Leal, institucionalizou, na Casa, todos os anos, duas homenagens: à Brigada Militar e à Polícia Civil. Os aspectos históricos da corporação, e que são ricos em acontecimentos, em bravura, em heroísmos, em sacrifícios, o Ver. Pedro Américo Leal, à saciedade, já nos contou, apenas restaria dizer que a Polícia Civil está, por assim dizer, nas raízes da Revolução de 30, com a Guarda Civil, tal o papel que ela teve no desencadeamento do processo político-histórico-brasileiro. Podemos dizer, até, que a Polícia Civil, a Guarda Civil - porque ela vem dali -, mudou os destinos do Brasil quando se fez a Revolução de 30.

Mas é o momento oportuno para reflexão, e temos feito, ao longo de alguns anos, sempre uma reflexão sobre a importância da segurança. Há poucos dias, fizemos em relação à Brigada Militar, que tem um papel constitucional de segurança, de segurança preventiva como força interna, e a Polícia Civil que também tem o seu papel constitucional de polícia judiciária, e que também atua na prevenção, porque dotada dos instrumentos.

Então, trata-se de uma grande homenagem, porque se há um instrumento importante, importantíssimo, e cada vez mais importante neste aparato institucional que se chama Estado, se chama segurança pública, que tem na Polícia Civil um ramo relevantíssimo. Hoje, qual é o produto mais solicitado pela sociedade? Qual é a utilidade de primeiríssima necessidade para a sociedade, não só para os ricos, absolutamente, mas para os pobres, para os bairros, para as vilas? É exatamente a segurança pública. A Polícia Civil só pode ser vista sob um ângulo: existe para proteger.

Então, quando no passado, Ver. Pedro Américo Leal - V. Exa. aduziu a lo largo -, se queria, se pretendia menosprezar esta Corporação, se fazia de forma equivocada, tanto é verdade que os fatos que se sucederam se encarregaram de demonstrar que se tratavam de equívocos lamentáveis.

Então, hoje nós estamos aqui para, exatamente, resgatar, sim, também, todo um processo que se pretendeu lançar contra homens e mulheres dignos, muito dignos, que são os Policiais Civis, e, agora, a Corporação é formada de homens e mulheres como todos os homens e mulheres integrantes da sociedade. Vez por outra acontecem determinados fatos, lamentáveis, é bem verdade, e qual é a instituição que não passa por determinados momentos de dificuldade? E por que esta ação que se desenvolveu contra a segurança, Ver. Leão de Medeiros, em nosso Estado e, principalmente, contra a Polícia Civil constituída de homens e mulheres dignos e honrados, que têm missões extremamente difíceis em suas mãos, porque lidam com o que, senão, contra aqueles que vêm agredir a sociedade? A Polícia Civil, esse ramo da segurança, é um anteparo à ação da delinqüência contra a sociedade. E é exatamente, nesse embate, que - estão aí os anais, a história da Polícia Civil - se deu o sacrifício de sangue ao holocausto.

Portanto, o que nós temos de fazer, e essa tem de ser a nossa pregação, aliás a sociedade sente, é priorizar as questões do Estado na atual conjuntura, sob pena da delinqüência, da ação antijurídica fazer soçobrar a sociedade, como está, por exemplo, em São Paulo e Rio e não sei se não está acontecendo aqui.

Então precisamos clamar aos quatro ventos: a Polícia Civil precisa de recursos; a Polícia Civil precisa de apoio, material, humano e de solidariedade, porque ela tem, sim, a solidariedade da sociedade. E nós aqui estamos expressando a solidariedade e o agradecimento da sociedade, porque, quando fala o Vereador, fala a Cidade e a Cidade está falando para agradecer à Polícia Civil pelo muito e muito que tem feito na defesa desta própria sociedade, que é sobressaltada com essa onda de delinqüência que toma conta do País e, de resto, de todos os recantos da nossa Cidade.

Portanto, fala aqui o Partido Trabalhista Brasileiro. Encerro, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, em nome deste Vereador, em nome do Ver. Cassiá Carpes, o nosso Líder, em nome do Ver. Elias Vidal, para dizer que o PTB coloca-se, sim, na defesa dos policiais, muitos deles, indevidamente injustiçados! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra pelo seu Partido, o PSDB.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Senhor proponente desta homenagem, meu amigo, Ver. Pedro Américo Leal, sempre um especialista que nos ensina muito aqui nesta Casa sobre segurança pública; também quero saudar todas as demais autoridades, todos os senhores e as senhoras que estão aqui presentes, especialmente alguns amigos, aos quais saúdo, todos, na figura do ex-Presidente desta Casa, meu amigo Cleom Guatimozim e, também, do meu amigo Adroaldo, que é um sindicalista e uma das grandes lideranças que eu sei que existem dentro da Polícia Civil.

Eu estou aqui, em nome do PSDB, para prestar esta homenagem para uma das categorias profissionais mais injustiçadas nos últimos tempos. Toda a sociedade ouviu, por parte de pessoas acreditadas junto ao nosso mundo civilizado, que na Polícia Civil existia uma banda podre. Só que quem afirmou isso com todas as letras - e falou muitas vezes, não foram poucas as vezes que foram ditas essas palavras -, nunca identificou qual seria essa banda podre. Isso fez com que a nossa sociedade deitasse o seu olhar sobre os policiais e os identificasse como sendo aqueles que pertencem à banda podre, porque, afinal de contas, não foram dados “nomes aos bois”. A banda podre ficou, praticamente, como se todos os policiais estivessem sob suspeita.

E a gente sabe muito bem, nós que convivemos aqui, que a nossa segurança aqui da Casa é formada por ex-policiais.

Eu fui Presidente desta Casa por duas vezes, e tive como Diretor-Geral – numa das vezes em que fui Presidente desta Casa -, o meu querido amigo Leão de Medeiros. Eu posso testemunhar que eu estive, durante um ano, com um Diretor-Geral extremamente capaz, competente, digno, honesto, e, que, não merecia, na verdade, estar sob suspeita. Mas não. Com as palavras que foram ditas, pela forma como elas foram ditas, todos os policiais estão sob suspeita. Então, por isso, que, realmente, é uma classe extremamente injustiçada.

Eu conheço o Adroaldo, o Cleom, tantos policiais que, na verdade, não mereciam estar neste rol de suspeitos, de acordo com as palavras de uma autoria extremamente acreditada para todos nós. E eu acho que essas palavras foram ditas até para esconder a incompetência das autoridades para resolver os problemas sociais que vão-se avolumando, que vão crescendo, e, que, de repente, vão fazendo com que, aqui, em Porto Alegre, ou em torno de Porto Alegre, vá aparecendo um cinturão de miséria cada vez maior.

Eu me lembro que assisti a uma palestra da Juíza, Deputada Federal Denise Frossard, que afirmou o seguinte: “Não é a pobreza que leva o cidadão para a marginalidade; mas é na pobreza que a marginália busca a sua mão-de-obra.” A gente sabe que quanto mais crescem as injustiças sociais, quanto mais nós tivermos pessoas tão carentes que não têm nem como sobreviver, nem como esperar do dia seguinte que estejam ainda vivos, com condições de sustentar a si mesmos e quanto mais as suas famílias, seus entes queridos. Quanto mais isso se acentua, mais perigosa vai-se tornando a sociedade e, é claro, mais perigoso vai sendo o trabalho que tem de ser exercido pelo policial. E a gente vê que numa sociedade como a nossa, a gente ouve de pessoas, por exemplo, ligadas ao mundo do Judiciário, que se não tiverem uma aposentadoria à altura, não podem assegurar nem mesmo a condição de não serem pressionados, serem de alguma forma corrompidas. Ou, de repente, quando se mexeu também com os salários dos parlamentares, ouvi muito isso: ”Olha, parlamentar tem de ganhar bastante, porque senão pode entrar para esse mundo da corrupção”. Ora, o Presidente desta Casa quando abriu esta Sessão, o fez falando exatamente sobre o salário dos policiais. Como é que alguém pode abrir a boca para acusar homens que ganham tão pouco? Conheço amigos meus que pertencem à Polícia que não têm condições para manter o seu filho na mesma escola de outras pessoas do mesmo padrão tendo lá a educação para a sua prole. Como é que podemos acusar essas pessoas de que elas pertencem a uma banda podre da sociedade ou a uma banda podre da instituição? Acho que todas as nossas autoridades, passando por esta Casa, pelo Governo do Estado, pelo Governo Federal, todos nós devemos fazer uma grande avaliação, Ver. Pedro Américo Leal. Precisamos realmente dar um jeito de contemplar de maneira justa uma instituição como essa, a Polícia, para fazer todas as cobranças necessárias e para que nós possamos ter - se Deus quiser, quem sabe, lá no futuro - a segurança que todos queremos para o conjunto da sociedade. Parabéns a vocês! Vocês são altamente dignos e têm toda a nossa admiração, admiração desta Casa, admiração da sociedade porto-alegrense, que hoje tem a honra de homenageá-los. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra e falará em nome do PSB e do PCdoB.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero, mais uma vez, parabenizar o Ver. Pedro Américo Leal por esta iniciativa. Toda vez que há esta Sessão aqui na Câmara, eu procuro falar e, muitas vezes, sou até repetitivo, mas não poderia deixar de utilizar esta tribuna novamente até pelo laço que eu tenho com a Polícia Civil, laço familiar, porque o meu pai foi policial civil.

Agora mesmo, eu vinha falando com o Ver. Elói Guimarães e disse: Olha, Elói, eu vou buscar um pouquinho de saudosismo. Há mais ou menos uns 5 anos, o Ver. Pedro Américo Leal me deu um distintivo – lembra-se? – da Guarda de Trânsito. Meu pai era guarda civil, depois, com toda aquela alteração, ele passou para a Guarda de Trânsito. Lembro-me, até hoje, da matrícula dele: 24.412. Vocês poderiam dizer: “Mas por que é que tu te lembras da matrícula?” É que a matrícula era o número que nós, como familiares, tínhamos para ir à Cooperativa de Consumo, ali na Rua Lima e Silva. Lembro-me de que - eu, ainda criança - saíamos da Lima e Silva com a sacola, íamos até a Getúlio Vargas, pegávamos um bonde, deslocávamo-nos até a José de Alencar e, depois, caminhávamos mais 4 quadras, pois nós morávamos próximo aos Eucaliptos, o antigo estádio do Internacional.

Todos os anos eu participo de um evento da Polícia Civil – o Ver. Elói Guimarães também vai -, que é um dos elementos que mais faço questão de guardar, todos os anos ele se veste de guarda-civil, que é o “Bem-te-vi” – e aqueles mais antigos aqui conhecem, todos os anos eu faço questão de ir, porque se o meu pai estivesse vivo hoje estaria com 81 anos, então eu tenho uma alegria muito grande. A minha mãe é viva e até hoje ela utiliza, ainda, os serviços da UGAPOCI.

Quero também dizer que esse trabalho que a Polícia Civil faz é um trabalho grandioso, é um trabalho que não aparece, porque o policial civil não utiliza a farda, não é ostensivo, mas atua num processo investigativo que muitas vezes não é reconhecido nem valorizado. Sabemos da dificuldade dos senhores e das senhoras, que não têm um grande efetivo e que precisariam de um efetivo maior.

Também quero falar da minha alegria e, com muito orgulho, dizer que sou filho de policial, que esse trabalho que, a cada dia que passa, a Polícia Civil faz, ela o faz muito bem, e o próprio Delegado Jardim, que nós já conhecemos há muitos e muitos anos – não é, Jardim? – tem feito um trabalho de primazia em todos os segmentos. Aqui na Câmara, sempre quando solicitada, a Polícia Civil comparece, dando depoimentos, uma atuação presente em todos os fatos que ocorrem.

Portanto, em nome do nosso Partido, o Partido Socialista Brasileiro, e hoje também falando em nome do Partido Comunista do Brasil, por uma solicitação do Ver. Raul Carrion, queremos parabenizar todos os senhores e senhoras, dizer que conhecemos muito bem a luta de vocês, aquela luta da qual, quando se sai, muitas vezes quando se faz um plantão, não se sabe se vamos voltar. Como filho de policial, a gente sabe disso, o que é ir para uma linha de frente, numa sociedade como a nossa, cada vez que a violência toma conta, que não se sabe mais onde vai parar a insegurança, mas quando se retorna é sempre aquela alegria. Mais um dia foi vencido. Mas, quando termina o turno, volta tudo de novo.

Então continuem sempre agindo dessa maneira que vocês sempre agiram, de forma reta, correta, olhando para frente de cabeça erguida. Parabéns a todos os policiais civis do nosso Estado. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Registro a presença do Ver. Dr. Goulart. O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra e falará em nome do seu Partido, o PDT.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu começo me referindo especialmente à presença do Cel. Pedro Américo Leal nesta Casa. É bem verdade que, durante vários anos, inúmeras figuras da Polícia Civil foram guindadas à vereança de Porto Alegre. Aqui mesmo foi citado o ex-Vereador Cleom Guatimozim, que assiste a esta Sessão e que por várias vezes presidiu esta Casa. Eu tenho certeza, meu caro companheiro de Bancada, a quem eu represento neste momento também, Ver. Ervino Besson, que no ano que vem, ele já anunciou - o Cel. Pedro Américo Leal -, será seu último ano. Ele não vai concorrer à reeleição.

E, na realidade, embora a Polícia Civil tenha nesta Casa, Delegado Paulo Cezar Jardim, inúmeros amigos, das horas difíceis, das horas duras, eu tenho certeza de que a decisão do Cel. Pedro Américo Leal, do jovem Cel. Pedro Américo Leal, vai deixar nesta Casa, como representação da Polícia Civil, uma lacuna muito grande, porque, embora outros policiais tenham passado por esta Casa - exemplo disso é o ex-Ver. Leão de Medeiros, o Ver. Cleom, que já citei, e outras figuras muito singulares e emblemáticas da nossa Polícia Civil -, foi ele, na realidade, quem nos reeducou com relação a esse compromisso de valorização sobretudo da Polícia Civil. Foi o Cel. Pedro Américo Leal!

Às vezes, os policiais civis, na época da "Redentora", poderiam imaginar, Senhor Major: "Lá vem um coronel do Exército dirigir a Polícia Civil", naqueles conflitos que havia num período de excepcionalidade da vida brasileira.

Mas eu quero dizer que ele foi um homem... Faço este depoimento, Coronel Irani Siqueira, porque fui partícipe, ainda jovem, de episódios que ele enfrentou como policial civil, como Chefe de Polícia - homem humano, sensível, sabendo conduzir situações de conflagração para não ir para o caminho da violência.

Eu recordo um episódio, e o cito aqui, que é emblemático de um momento da história do Rio Grande, da história do movimento estudantil, das lutas contra o arbítrio, quando o Cel. Pedro Américo Leal era Chefe de Polícia e invadiu o Restaurante Universitário - o RU já não estava no prédio onde hoje funciona o Instituto de Identificação, era mais adiante, já era na frente da Faculdade de Direito e da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS. Ele, com uma tropa de brigadianos e com o pessoal do DOPS, nos queria tirar, manu militari, do prédio do Restaurante Universitário, que nós havíamos invadido porque a Reitoria tinha decretado intervenção no Diretório Central de Estudantes. Por isso nós nos irresignamos e tomamos conta daquele próprio, e ele tinha a ordem, e soube, com muita sensibilidade, conduzir o processo para que ninguém, na madrugada em que os estudantes saiam do Restaurante Universitário, na Av. João Pessoa, fosse molestado na sua integridade pessoal. Eu estava lá e sou testemunha. Ocorreu um episódio em que houve quase... Era uma situação tensa, nervosa, e o Coronel estava com tudo na mão, Delegado Jardim, porque ele tinha um mandado judicial, tinha uma ordem judicial para nos tirar dali, mas ele cumpriu com cautela, com prudência, com equilíbrio aquele mandado para que não ocorresse violência.

Eu cito esse episódio de um momento de exceção– já vivíamos o duro período do Ato Institucional n.º 5 –, em que sequer o habeas corpus... Nós estávamos no período em que o habeas corpus não era mais um instituto presente, mas o Coronel conseguiu, como Chefe de Polícia... E eu recordo o carinho e a admiração que os delegados de polícia de carreira tinham pela ação. Cito aqui o Delegado aposentado - que eu me recordo que à época era delegado de polícia – Sérgio Ivan Borges, que o acompanhava em inúmeras das suas incursões. Por isso que ele é emblemático, ele nos ensinou aqui nesta Casa a valorizar, respeitar e, exatamente, compreender esse discurso que é feito aqui por quase todas as Bancadas da Casa – eu digo por quase todas -, sobre a condição de injustiça por que passam os policiais civis, da sua pouca valorização, pois eles muito fazem pela sociedade porto-alegrense, pela sociedade gaúcha e pela sociedade rio-grandense. Por isso, eu, do PDT, compareço a esta Casa, em nome da minha Bancada, para manifestar o meu reconhecimento. Vivemos momentos difíceis no período de exceção, era excepcionalidade, mas poucos momentos delicados, difíceis; excepcionalidade. Mesmo no período difícil do arbítrio, não era uma situação semelhante àquela vivida na cidade de São Paulo, não era uma situação semelhante a do Estado de São Paulo, com todas as peculiaridades, houve prisões e alguns atos, sabemos de tudo. E eu quero deixar aqui uma contribuição à Chefia de Polícia: nós temos aí o Vereador Elói Guimarães e o Vereador Pedro Américo, que ensaiaram algumas considerações sobre a Polícia; mas o que se impõe, mais do que nunca - eu não sei por que se faz tanto ensaio, tanta tese sobre vários aspectos da História do Rio Grande do Sul - é um estudo mais profundo do papel da Polícia Civil, seja na consolidação, sim, das instituições democráticas, seja no papel que ela representou, até nacionalmente, do ponto de vista da implantação da mais científica das polícias estaduais da nossa Federação. E eu digo isso com orgulho até, porque pertencem à minha etnia pessoas que estiveram na Polícia Civil e que foram os desbravadores da Polícia Civil, da polícia científica, Dr. Leão de Medeiros, que foram o José Faibes Lubianca, que foi Sócrates Lubianca. Cito essas pessoas para identificar toda a sua história e o seu papel. Por isso, somo-me eu, a Bancada do meu Partido, o Vereador Dr. Goulart e o Vereador Ervino Besson, que aqui se fazem presentes, a esse reconhecimento à Polícia Civil e à triste condição em que se encontram. Felizmente, com todas as dificuldades que atravessamos, eu quero dizer, com absoluta tranqüilidade: nós, trabalhistas, sempre tivemos uma sensibilidade muito grande pelas reivindicações - em alguns momentos, não se alcançou aquilo que se queria -, mas nos solidarizamos com as reivindicações, com a luta pelos direitos dos policiais civis em nosso Estado. Hoje, eu tenho gente dentro de casa, escrivão de polícia, amigos muito próximos a mim, ganhando 600, 700 reais por mês de aposentadoria. Como é que se vai viver? Um homem que dedicou a sua vida inteira à defesa da sociedade, à defesa dos cidadãos... Que coisa é essa? Aí eu fico fazendo esse discurso de rebeldia, de protesto, que se soma às manifestações do Ver. Pedro Américo Leal.

Desta forma, Sr. Presidente, encerro a minha manifestação saudando a todos no dia em que esta Casa homenageia a nossa Polícia Civil. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezado Presidente, colega insigne Ver. João Dib, prezado Ver. Pedro Américo que nos proporciona este momento de reflexão aqui nesta Casa, demais colegas Vereadores que me antecederam aqui na tribuna, saúdo toda a Mesa aqui já devidamente citada na figura desse extraordinário e valoroso Delegado que já foi Vereador e que honrou esta tribuna e esta Casa, Leão de Medeiros.

Nós queremos, aqui, destacar algumas questões: a primeira delas é que a Polícia Civil cumpre um papel fundamental de cidadania, ela cumpre um papel de polícia judiciária extremamente importante para a sociedade. Os governantes, independentemente de Partidos, historicamente, às vezes por inoperância, por falta de proposição ou por uma série de outras razões, acabam transferindo responsabilidades, e nós sabemos muito bem, Ver. Pedro Américo, que, no caso pontual da Polícia Civil, muitas e muitas vezes, essa extraordinária corporação, que pode ter os seus problemas - como tem a minha classe de advogados, como têm outras classes -, em determinados momentos nivelou-se um debate, tentando puxar para baixo essa corporação - o que nós repudiamos, porque isso não condiz com o procedimento de 99% da nossa corporação de policiais. Portanto, eu diria que as condições de trabalho são ruins hoje, mas foram ruins ontem também; portanto, não são muito diferentes, porque na verdade a máquina pública está carcomida. Hoje, de tudo o que se arrecada no Estado, 82% vai para pagar a folha e com baixíssimos salários para a grande maioria da categoria dos servidores públicos em geral, desde o quadro geral até chegar à Polícia Civil. Eu, hoje mesmo, ainda recebi um grupo de comissários, aqui no gabinete, dizendo que houve as promoções, por exemplo, de 70, 80, que estão aguardando os 170 reais das suas promoções, que são fundamentais para a sua sobrevivência; e não só do ponto de vista financeiro, mas do ponto de vista também do estímulo para a ascensão na sua carreira.

Portanto, Ver. Isaac Ainhorn, quando se discute, quando se homenageia essa corporação, é preciso resgatar valores, sim. Porque, muitas vezes, se atribui à Polícia aquilo que não é da sua responsabilidade. Quando se diz que o delinqüente está na rua – e aqui fala o militante e não o Vereador, mas o militante da advocacia, que por muitos e muitos anos trabalhou no Tribunal do Júri e ainda milita na advocacia – geralmente se atribui à Polícia essa responsabilidade - o que não é verdade, o que não é verdade!

Eu diria que muitas são as causas da criminalidade, a primeira delas é a exclusão social, indiscutivelmente, como um pano de fundo. Mas quando o delinqüente tem certeza da impunidade, ele também é estimulado, indiscutivelmente, à criminalidade. E esse sistema em nosso País, lamentavelmente, Ver. Pedro Américo Leal, é um sistema que coloca ladrão de galinha na cadeia, porque aqueles que deveriam ser julgados em primeiro lugar, que são aqueles que botam a mão no dinheiro público, esses, infelizmente, não têm ido para cadeia no nosso País, ao longo do tempo. E esses são os piores criminosos. Sabem por quê? Porque quando ele bota a mão no dinheiro público, falta o dinheiro da criança que morre de inanição na vila popular ou morre na fila do SUS, porque não há dinheiro para a saúde pública.

Então quando se reflete, quando se homenageia essa corporação, quero dizer, Presidente, Vereadores, que a nossa Polícia Civil orgulha o Rio Grande do Sul e orgulha a nós, porto-alegrenses, porque nós sabemos - com todas as dificuldades, desde o Plantão da Ipiranga e passando pelas distritais – como são valorosos os servidores policiais; que mesmo ainda na máquina de escrever, porque ainda não chegou o computador - e se chegou são ainda os primeiros computadores fabricados, porque a modernidade ainda não chegou lá - ele cumpre o seu plantão, está lá firme na defesa da cidadania. Portanto, precisamos, cada vez mais, valorizar as polícias, não só a Polícia Civil, mas a Polícia Militar também. Integrar esse trabalho cada vez mais, porque com essa integração, indiscutivelmente, ganham com isso os Direitos Humanos, a cidadania e o dia-a-dia da cidade e do campo.

Portanto, senhores representantes da Polícia, recebam o nosso abraço do PMDB, o meu abraço, o abraço do Ver. Haroldo de Souza, que não se faz presente, mas que pediu que eu fosse portador. Vimos aqui, especialmente, em nome da nossa Bancada, registrar, com muita alegria e com muito gosto, aos senhores, as senhoras, aos familiares, aos amigos dos policiais e, especialmente, a toda corporação que se faz representar no plenário, aqui, por todos vocês. Portanto, saúde, um abraço fraterno a todos e a todas. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Registro a presença da Ver.ª Maristela Maffei.

Neste momento, convidamos o nosso homenageado, Delegado Paulo Cezar Jardim, que representa o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e a própria Polícia Civil, para fazer uso da palavra.

 

O SR. PAULO CEZAR JARDIM: Excelentíssimo Sr. Presidente da Câmara Municipal Ver. João Antonio Dib, eu gostaria de, em saudando o Presidente, saudar, não só todos os componente da Mesa, já anteriormente citados pelo protocolo, mas, da mesma forma, saudar os Vereadores desta Casa que hoje nos homenageiam. Eu gostaria de saudar, e não poderia deixar de fazer isso, uma pessoa que corporifica o vínculo da cidade de Porto Alegre a esta Câmara Municipal, Ver. Cleom Guatimozim, Comissário de Polícia, que, durante muito tempo, nesta Casa, era o representante da Polícia Civil, esse vínculo vai ser eterno. Gostaria de saudar a Associação dos Comissários de Polícia, a Servipol, a UGAPOCI, a Associação dos Delegados de Polícia, mas uma saudação muito especial aos meus colegas policiais, todos os diretores de departamentos, diretores de divisões, delegados de polícia, inspetores, escrivães, investigadores, aos senhores da imprensa, enfim, aos convidados, em geral.

Eu gostaria, de uma maneira bastante breve, de dar um briefing, Ver. Pedro Américo Leal, um pouquinho da história dessa polícia e dar uns dados que acho que vão surpreender o senhor, nosso digno representante nesta Casa que muito nos orgulha.

O livro primeiro das Ordenações Filipinas regulamenta a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul até 1824, com a primeira Constituição Política do Império do Brasil, isso é um dado histórico. No ano de 1824, a Constituição Política do Império do Brasil outorga às Assembléias Legislativas das Províncias legislar sobre polícia. E logo após, em 1841, a Lei n.º 261 organiza as Polícias Civis das Províncias e prevê os cargos de Chefe de Polícia e Delegados de Polícia e Subdelegados de Polícia.

Logo, senhoras e senhores, meu querido Vereador e amigo, a nossa Polícia Civil já tem 162 anos! Repito, Sr. Presidente, a nossa Polícia Civil tem 162 anos, a qual nos orgulha e faz com que nós nos sintamos cada vez mais prazerosos em dizer que somos policiais. Através da Lei n.º 10.994, de 18 de agosto de 1997, estabelecia sobre a organização da Polícia Civil com sua regulamentação, e esse artigo 6º estabelece a data de 03 de dezembro como sendo a data em homenagem ao Patrono da Polícia Civil: Plínio Brasil Milano, homenagem esta que tão bem lembrou esta Casa em fazer, na data de hoje, através de uma sugestão do nosso Ver. Pedro Américo Leal. Mas eu gostaria de dar mais um dado ainda. O Tenente Coronel Pedro Américo Leal, na época, Superintendente dos Serviços Policiais, criou em 22 de maio de 1967, ou seja, há 36 anos, um segmento da Polícia que é o exemplo. O segmento da Polícia que é uma marca indiscutível da vibração, do orgulho e do prazer de ser Polícia, Vereador. O senhor criou o Grupamento de Operações Especiais. E, naquela época, o senhor, que também não é bobo nem nada, convidou o Comissário Valdivino para administrar, para coordenar. E olha que nós já tínhamos Delegado naquela época, mas o senhor optou pelo Comissário Valdivino, que junto com o nosso eterno Professor Delamar, organizaram aquele Grupamento de Operações Especiais. Veja bem que aquele GOE, daquela época, inspirou a SWAT e inspirou os Grupos Policiais que hoje ainda existem em todo o País.

Nós somos os primeiros a ter um Grupo de Operações Especiais graças à inspiração do Ver. Pedro Américo Leal, e à competência do Comissário Valdivino, a quem faço uma saudação neste momento.

Mas, gostaria de dizer, Ver. Pedro Américo Leal, que a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, este ano, também, produziu um projeto inédito, um projeto que está tendo divulgação em nível nacional, um projeto que está sendo usado como instrumento de debate em nível nacional e, acima de tudo, tivemos, há pouco tempo, a visita de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – da Mulher aqui, no Rio Grande do Sul, para conhecer este Projeto da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, chamado SECOPI – Serviço Especial de Combate à Prostituição Infanto-Juvenil. Esse Projeto, tal qual o seu, à época, que foi uma inspiração felicíssima, hoje tem recebido, em nível nacional, os cumprimentos de Deputados Estaduais, Federais e, acima de tudo, da Presidência.

Há uma Comissão de Deputados que veio a Porto Alegre conhecer o SECOPI, as suas dependências, a forma de trabalhar, e por que pinçamos policiais, qualificamos esses policiais com cursos de forma tal que eles saibam lidar com crianças e adolescentes no caminho da prostituição ou que estejam sendo abusadas sexualmente. Entendíamos que esse era o momento histórico. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul entendeu que esse era um momento histórico, esse era o momento em que precisávamos fazer frente a esse flagelo que atinge a todos nós.

Então, trago esse fato para noticiar aos senhores e a todos os presentes que, no ano de 2003, a Polícia do Rio Grande do Sul, mais uma vez, apresenta um projeto inédito para o Brasil.

Segundo a Senadora Patrícia Savóia, com quem conversei longo tempo, deverá ser implantado, em nível nacional, nos mesmos moldes do nosso projeto, um trabalho no sentido do combate à prostituição infanto-juvenil. Essa era a notícia que eu gostaria de dar ao senhor.

Meus colegas policiais, me permitam - eu gostaria de ter inspiração oriunda de toda a energia de vocês – que eu consiga transmitir, de forma sincera e de forma singela, o orgulho que nós, policiais, temos, na tarde-noite de hoje, em receber esta homenagem. Eu não falo, Sr. Presidente, de uma forma eminentemente protocolar, mas eu falo de um orgulho pessoal, porque nós temos orgulho de ser policiais civis, temos orgulho do nosso trabalho, porque nós somos dignos, nós somos honrados, nós somos decentes, e a comunidade precisa de nós e nós sabemos disso.

Encontramos inúmeras dificuldades em nosso trabalho, os senhores sabem, dificuldade de recursos humanos, de recursos materiais, mas fizemos o possível e o impossível para atender aqueles que nos procuram. Evidentemente, é claro, que temos, às vezes, alguns tipos de problemas, talvez oriundos até dessas dificuldades de recursos que possuímos, mas acreditem, senhoras e senhores, não nos falta vontade, não nos falta disposição, porque nós somos Polícia Civil. Nós somos civil como os senhores são. Nós temos as mesmas dificuldades pessoais, familiares, nós convivemos juntos. Temos as dificuldades do dia-a-dia iguais aos senhores, porque somos civis como os senhores são e, mesmo com essas dificuldades, nós ainda tentamos dar conta das dificuldades e das mazelas que os senhores nos trazem: o sentimento de angústia, de sofrimento, de dor, de mágoa, que aportam as nossas delegacias todos os dias. Nós procuramos receber com respeito, procuramos receber, acima de tudo, de uma forma tal que se, eventualmente, não temos condições de dar resposta imediata naquele momento, pelo menos temos condições de dar um atendimento adequado e digno daquela situação.

Senhores, nós já ouvimos muito falar sobre Polícia Civil até pouco tempo atrás. Nós fomos magoados; nós fomos ofendidos; nós fomos agredidos, mas nós sabemos que somos muito maior que isso tudo, e por isso nós estamos aqui. Nós somos mais forte que tudo isso, nós sobrevivemos, nós estamos aqui.

Meus colegas, as palavras que nós ouvimos hoje, de todos os representantes desta Casa, vem mais uma vez robustecer aquela convicção que nós temos: eles acreditam em nós, são homens e mulheres inteligentes, são homens e mulheres sensíveis que têm a percepção da situação institucional, da situação política e administrativa do Estado, e dos interesses outros que acontecem por aí.

Então, Sr. Presidente, eu diria que para a Polícia Civil, hoje, é uma tarde engalanada, hoje, é uma tarde de orgulho porque nós estamos ouvindo dos senhores e estamos resgatando para os nossos ouvidos o valor que os senhores nos dão. Acreditem, sairemos daqui mais motivados, sairemos daqui fazendo o que fazíamos e muito mais, porque esta Casa, que representa o povo porto-alegrense, acredita em nós. Creiam os senhores, nós vamos fazer o possível - enquanto depender das nossas forças - para dar o melhor que pudermos, mesmo com as dificuldades que nós temos, repito: recursos humanos e materiais.

Para finalizar, eu quero dizer a todos que nós somos honrados, nós somos dignos e nós somos civis como os senhores; temos os mesmos problemas e as mesmas dificuldades. Eu gostaria – se os meus colegas me permitem – de agradecer a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a todos os Vereadores pelas referências religiosas e, especificamente, ao Ver. Pedro Américo Leal, que, mais uma vez, teve a iniciativa de lembrar a Polícia Civil. Sentimo-nos honrados e orgulhosos em estar presentes, mais uma vez, nesta Casa. Senhores, muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nos encaminhamos para o final desta justíssima homenagem à Polícia Civil do nosso Estado que, como disse o nosso Delegado, tem 162 anos. Mas a homenagem seria muito mais justa se esta Polícia, de 162 anos, recebesse recursos e condições dignas de trabalho e sobrevivência. Mas é claro que depende do esforço de todos nós. No momento, apenas estamos dizendo que a Polícia é digna, é honrada, é eficiente, é heróica, e isso nós reconhecemos.

Queremos agradecer a presença do representante do Governador do Estado e da Polícia Civil, delegado Paulo Cezar Jardim. Leve o nosso abraço ao Governador Germano Rigotto e ao Secretário José Otávio Germano. Queremos agradecer a presença do Dr. Marcos Centeno, representante do Procurador-Geral de Justiça; do Delegado Leão de Medeiros, ex-Vereador junto conosco, Presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil; do Major-de-Engenharia João Chrisostomo Moura, representando o Comando Militar do Sul; do 1º Tenente Wendell Silva Almeida, representando o 5º COMAR; do proponente desta homenagem, Ver. Pedro Américo Leal; do nosso sempre presente Cel. Irani Siqueira, que faz a união desta Casa com o Comando Militar do Sul; do Vereador, ex-Presidente desta Casa, Cleom Guatimozim; do representante da Servipol, Adroaldo Rodrigues; de Valderino Francisco da Silva, representante da UGAPOCI, já elogiado pelo nosso Delegado; Delemar Teixeira da Silva, Diretor da Associação dos Comissários de Polícia, e a cada uma das senhoras e senhores. E, ao agradecer, eu digo a todos, saúde e paz!

Neste momento, convidamos todos os presentes a ouvirmos o Hino Rio-Grandense.

 

(Ouve-se o Hino Rio-Grandense.)

 

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão Solene.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h43min.)

 

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